quarta-feira, 31 de março de 2010

Cabeças Premiadas

Setsuna abriu os olhos lentamente, o sol batia em seu rosto e ela mal conseguiu enxergar por alguns segundos. Ao desviar o sol do rosto ela começou a olhar para o local onde se encontrava. O teto, as paredes e os móveis eram todos de madeira. Parecia uma cabana bem simples. Ela estava deitada em uma cama também de madeira, forrada por folhas, o que a tornava bem macia. Ela então passou a mão sobre sua barriga, havia um curativo onde ela fora atingida por Marco na batalha. Olhou ao redor, a procura de alguém, em especial Socel e Thurar, mas nada achou. Ela se sentou lentamente na cama, ainda sentindo dores em sua barriga. Quando estava quase se levantando, a porta se abriu e por ela entrou Socel segurando Thurar em seu colo e na outra mão uma sacola. Ela nunca ficou tão feliz ao ver alguém. Ignorou completamente a dor que ainda sentia e se levantou correndo em direção a eles, deu um abraço e logo em seguida um beijo em Socel que o deixou totalmente constrangido.
- Mas o que você...
- Eu achei que vocês estavam mortos.
- Por um momento eu também achei, mas agora estamos bem.
- O que você quer dizer com isso? E onde nós estamos? O que aconteceu? Você está todo machucado!
- Tenha calma. Sente-se, vou lhe contar tudo. Mas antes, coma alguma coisa.
Ele então coloca a sacola em cima da mesa, estava cheia de uma fruta verde claro com a forma de uma bola de bilhar. Ela pega algumas e os 2 sentam-se na cama.
- Pode começar. Onde estamos?
- Em uma cabana abandonada que eu encontrei na floresta. Foi o melhor lugar seguro próximo que eu encontrei.
- Seguro?
- Sim, isso mesmo.
- Mas o que aconteceu? Porque temos que nos proteger em um lugar seguro?
- Marco. Ele armou pra nós.
- Aquele desgraçado. O que foi que ele fez?
- Destruiu Galive, matou todos os habitantes da cidade e colocou a culpe em nós.
O choque foi tão grande que Setsuna deixou metade da wiscon que comia cair no chão.
- Mas isso é impossível...
- Não é não.
- Como você pode ter certeza disso tudo?
- Eu vi. Já era noite quando eu acordei. Você ainda estava desmaiada, então eu lhe peguei e voltei para Galive. Mas quando eu cheguei lá, a cidade estava toda destruida, e as pessoas mortas. Eu então fui direto para o hospital, havia algumas partes dele ainda de pé, e você precisava de curativos. Fiz o possível e consegui achar alguns remédios e curativos suficientes para você melhorar.
- E fez um bom trabalho.
- Obrigado. Fiz alguns em mim também, e decidi ficar na cidade até que você acordasse. Mas depois de 3 dias, eles chegaram.
- 3 dias? A quanto tempo eu estou dormindo? E quem são eles?
- Você ficou 5 dias desacordada. E eles, são os seus amigos cleaners. Estavam atrás de nós. Marco voltou para Preturia e inventou que nós havíamos enlouquecido e matado Carmen e Gennevieve, e que havíamos atacado ele também, e que com isso, os orcs conseguiram invadir e destruir a cidade de Galive. O governo de Preturia colocou um prêmio de 1 milhão de wyohns pela nossa captura vivos e metade mortos.
- 1 milhão de wyohns pela nossa cabeça? Eles enlouqueceram?
- Acho que sim. Como Marco é o 1° general, todos vão acreditar nele e não em nós. Ele deve ter dito que estávamos feridos e então eles mandaram 3 cleaners atrás de nós. Ele também deve ter deduzido que voltaríamos para a cidade e que procuraríamos o hospital. Então eles vieram direto para cá.
- E o que aconteceu?
- Bem, eu tentei convencer eles de que Marco havia mentido, mas eles não acreditaram e mandaram que nos rendêssemos. Quando eu falei que só sairia dali depois de morto, eles tentaram me matar e quase conseguiram. Por sorte já estava anoitecendo quando eles chegaram, foi só agüentar até a lua surgir e então eu matei os 3.
- Por isso que você está todo ferido desse jeito.
- Sim. Depois disso, eu peguei você e o Thurar e fugi para a floresta. Andei por 1 dia inteiro até que eu finalmente achei esta cabana abandonada. Eles provavelmente vão demorar pelo menos 1 semana até nos acharem, então temos que pensar em um plano logo.
- Vamos para a casa de minha irmã. Eu já havia avisado ela que iríamos para lá, antes de sermos enviados para esta missão.
- E como você espera chegar lá sem que nos achem? A noticia de nosso prêmio já deve ter corrido todas as cidades deste continente. Deve haver vários caçadores de recompensas atrás de nós.
- Não se preocupe, existe um meio seguro de chegarmos até a casa de minha irmã. E pode ter certeza de que lá ninguém irá nos achar.
- Em que cidade a sua irmã mora?
- Ela não mora em nenhuma cidade. Ela mora no topo da montanha dos demônios.
- Topo da montanha dos demônios?!? Isso é impossível.
- Se fosse, ela não moraria lá. Por isso mesmo eu disse que ninguém irá nos achar lá.
- Certo, vou confiar em você.
- Claro que vai, que outra escolha você tem?
Ela então sorri e dá um beijo nele. Ele novamente fica constrangido.
- Você poderia parar de fazer isso?
- Não. Agora acho melhor nós descansarmos, amanha será um dia difícil.
Socel se levanta e coloca Thurar em um berço improvisado com galhos e folhas e então se deita ao lado de Setsuna na cama apertada.

domingo, 28 de março de 2010

Eliminando Orcs

Tudo estava pronto para o ataque. Os orcs nem pensavam que poderia sofrer um ataque surpresa. Setsuna se prepara para atacar, quando de repente uma mão segura seu ombro e ela se vira assustada.
- Achou que fosse se divertir sem mim?
Era Marco. Ele e Gennevieve os haviam seguido sem que eles percebessem.
- Pode deixar que eu começo a festa por você.
- Mas o que...?
Ela mal pode falar. Os 2 rapidamente correram em direção ao exército desembainhando suas espadas.
- Ataquem!!!
Era o sinal. Carmen e Socel partem para o ataque também, seguidos por Setsuna. Os orcs se surpreendem com a entrada de 5 cleaners em seu acampamento. Eles param de fazer o que cada um estava fazendo e pegam suas armas. Por mais fortes que eles fossem e apesar do grande número, eles nem se comparavam com o poder de briga dos cleaners. Pareciam que eles nunca haviam entrado em uma batalha. Era um morrendo após o outro. Socel mal podia acreditar, então aquele era o poder dos cleaners mais fortes??? Gennevieve e Carmen não eram muito mais habilidosos do que ele, mas Marco e Setsuna eram incrivelmente destrutivos. Para cada orc que ele matava, cada um dos 2 matava 5. Socel estava tão distraído olhando para Setsuna que mal prestava atenção em sua própria briga, quase morreu umas 3 vezes. Ele odiava brigar como humano usando armas. Ele tanto não gostava que decidiu esperar a briga acabar e subiu em uma árvore para se esconder e ficar observando. Ele viu, um a um, os orcs irem caindo. Agora ele entendia o porque das alcunhas dos generais. Reaper e Shinigami. Os 2 pareciam que nasceram para matar. Eles pareciam brincar com suas espadas, a de Setsuna até parecia reluzir uma luz dourada. Depois de alguns segundos, ele reparou que Marco havia sumido. Olhou em volta de todo o campo de batalha e nada viu. Até que infelizmente ele o encontrou.
- Seu canalha, não fuja da batalha.
Marco havia encontrado ele escondido na árvore, e sorrateiramente subiu até onde ele estava. Marco o chutou com toda a força e ele caiu, batendo forte de costas no chão. Marco então começou a rir, alto o suficiente para que todos parassem e olhassem para ele. Ainda havia cerca de uns 13 orcs vivos, dos quais 8 foram na direção de Socel que estava caído.
- Todos protejam ele!!!
Setsuna dá a ordem e em seguida parte em direção a Socel, mas é parada por Marco.
- Nem pensar, ele vai aprender o que é bom. Todos mantenham suas posições, quem for ajudá-lo eu mato!
E subitamente Gennevieve e Carmen param de correr. Os 8 orcs, vendo que pelo menos poderiam matar um deles, seguem em direção a Socel com toda a sua fúria.
- Saia da frente Marco! Ou então eu tirarei você a força!
- Então me tire a força. Quero ver se você é capaz.
E então, Setsuna parte para cima de Marco, e os 2 começam a travar uma batalha.
- Vocês parem com isso agora, podem acabar se matando assim.
- Não ousem interferir, ou eu mato vocês 2.
- Não ouçam o que ele fala. Agora ajudem Socel antes que ele morra. É uma ordem!
Carmen e Gennevieve se entreolham sem saber o que fazer.
- Foda-se as ordens. Vou fazer o que eu acho correto.
E então Carmen corre em direção aos orcs que se aproximavam de Socel. Mas antes que ela pudesse se aproximar, Marco entra em seu caminho.
- Eu lhe avisei.
E com um golpe seco, ele arranca a cabeça de Carmen.
- Você enlouqueceu seu canalha! Eu vou te matar!
Setsuna tenta ir em sua direção, mas em vão. Marco era muito veloz, e logo ele estava parado atrás de Gennevieve.
- É melhor eu me livrar de você também antes que tente me desobedecer.
E com outro golpe seco, ele também arranca a cabeça de Gennevieve.
- Não!!!
- O que foi? Não agüenta ver os seus companheiros morrerem? O seu parceiro será o próximo. Hahahaha.
Ele estava quase certo, Socel estava tendo problemas em enfrentar tantos inimigos na forma humana. Só havia conseguido matar 2 e ganhara um corte bem fundo em seu braço esquerdo. Malditos sejam aqueles que criaram o dia, se ele pudesse se transformar, ele acabaria com todos em questão de segundos. Enquanto ele fugia e brigava para sobreviver, Setsuna fazia o mesmo. Marco era incrivelmente superior a ela em velocidade, e ela mal conseguia acompanhar os seus movimentos.
- Está com dificuldades? Quem foi que disse que iria me tirar do caminho a força heim? Hahahaha.
- Cale a boca seu cretino! Muito bem, se é isso o que você quer é isso o que você vai ter!
Ela para e recua.
- O que pretende fazer agora?
- Eu preferia não ter que usar isso, mas você me obrigou.
Ela então começa a recitar uma conjuração. Repentinamente, um vento forte começou a sair dela, e quanto mais ela falava mais forte o vento ficava. Era tão forte que até mesmo Socel e os orcs pararam de brigar para ver o que estava provocando aquele vento.
- Muito bom, finalmente vou poder ver o seu verdadeiro poder! Hahahaha.
Além de criar o vento, a sua espada também começou a brilhar, um brilho dourado e muito forte. Após 2 minutos recitando a conjuração, ela termina. O vento para e a espada volta ao normal.
- Está na hora de você aprender.
E como que na velocidade de vento, Setsuna parte para cima de Marco. Era tão rápida que quem assistia só viu um borrão se mexendo. Mas Marco ainda assim defendeu o golpe.
- Muito bom, agora eu também poderei brigar de verdade.
E dizendo isso, Marco solta um urro e instantaneamente sua força dobra. Ele a empurra para longe e lhe dá um chute na barriga, o que a faz voar até o outro lado da clareira.
- Setsuna!!!
Mas Socel nada podia fazer, ainda havia 4 orcs para enfrentar. Ele já estava esgotado, nunca havia passado por tal aperto em uma batalha. Seus ferimentos haviam aumentado também e sua visão já começava a ficar turva. Enquanto isso, Marco se aproximava lentamente de Setsuna.
- Você nada pode fazer conta mim. Eu sou o mais forte.
Ela se levanta, ainda com mais raiva, e parte para cima dele com tudo. Mas ele desvia de seu golpe.
- Você não aprende mesmo.
E então, Marco atravessa a espada na barriga de Setsuna.
- Não!!!!!!!!!!
Socel se descontrola, e o inesperado acontece. Mesmo com o sol ainda no céu, ele começa a se transformar. Os orcs se assustam e se afastam dele, mas de nada adianta. Ele estava descontrolado, e como se estivesse matando formigas, ele dilacera os orcs remanescentes. E parte para cima de Marco.
- Vejam só. Nosso amigo conseguiu fazer algo raro, não? Pois bem, venha brincar comigo, cachorrinho.
Ele retira a espada da barriga de Setsuna que estava desmaiada e vai em direção a Socel. Mas ele para apenas 2 segundos depois.
- Achou que eu morreria só com aquilo?
Era Setsuna que estava só fingindo estar desacordada e se levantara.
- Ora sua...
Ele se vira para acertá-la, mas nessa hora Socel já estava atrás dele, e o morde bem no pescoço. Suas presas vão o mais fundo possível. E Marco grita de dor. Foi a distração perfeita para Setsuna. Com um único golpe, ela arranca o braço direito de Marco. Ele grita mais ainda, nunca havia sido ferido em batalha, e agora estava prestes a morrer.
- Não vou perder!
E como quem resiste até a morte, ele segura Socel pela cabeça forçando-o a tirar as suas presas de seu pescoço, e o arremessa contra Setsuna. Os 2 caem no chão, um sobre o outro.
- Seus desgraçados. Vocês ainda vão pagar pelo que fizeram a mim.
Ele então foge, correndo o mais rápido que podia.
- Você não vai fugir!
Setsuna havia se levantado, mas antes que pudesse correr atrás de Marco, ela cai de joelhos. O ferimento em sua barriga estava começando a doer, e ela estava fraca já. Ela olha para Socel que estava desacordado no chão, e também desmaia.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mudando os Planos

A viagem até Galive demorou 3 dias. Eles galoparam direto, parando somente para comer e ir ao banheiro. Foram 3 longos dias de piadas infames por parte de Marco, Setsuna estava a ponto de explodir de raiva enquanto Socel se divertia vendo-os brigar. Até que finalmente eles chegaram na cidade. Era uma cidade normal, mas pequena, seus prédios não eram tão altos e suas ruas ainda eram de pedra. Deixaram seus cavalos no estábulo da cidade, aonde foram recepcionados por 2 cleaners.
- Sejam bem vindos General Marco, General Setsuna.
- Identifiquem-se por favor.
- Eu me chamo Gennevieve, as suas ordens senhor.
- Eu me chamo Carmen, pronta para servi-lo.
- Muito bem, reporte-nos a situação atual.
- O exército orc está a 1 dia daqui, deve chegar amanha a noite. Eles estão em uma tropa de 500 soldados.
- Só isso? Achei que fossem bem mais. Damos conta do recado facilmente. Agora eu quero descansar, me arrume um quarto Gennevieve.
- Claro. Já deixei um reservado para o senhor. Siga-me.
E eles seguem rua acima.
- A senhora também deve estar cansada, deixei-lhe um quarto reservado também.
- Sim, nos leve até ele.
- Ah, mas eu não sabia que iriam mandar mais um cleaner, por isso só reservei mais 1 quarto.
- Não tem problema, ele ficará comigo no quarto.
- Mas, desculpe me intrometer, e o bebê em seus braços? Quer que eu arranje alguém para tomar conta dele?
- Não se preocupe com isso, ele também ficará comigo.
- Ah, certo. Sigam-me então.
Eles seguem andando pela rua lateral. Ela os leva até um hotel. Era um prédio bem alto e luxuoso.
- É um dos melhores da cidade, eu particularmente adoro ele. Aqui estão as chaves, seu quarto é o 507. A senhora precisa de mais alguma coisa?
- Não. Pode ir.
- Que horas a senhora quer ser acordada?
- Como eles só devem chegar amanha a noite, me chame amanha pela parte da manha.
- Sim senhora.
E ela se retira. Socel espera Carmen sair para começar a falar.
- Desde quando você é general?
- Desculpe não ter te dito isso antes, achei que fosse uma informação desnecessária.
- Pelo contrário, é de suma importância.
- Já pedi desculpas. Eu sou a 3ª general do exército cleaner, também conhecida como Shinigami.
- 3ª? Um posto tão alto assim e você nunca me disse nada?!?
- Eu já pedi desculpas porra!!
- É por isso que você conseguiu convencer os seus superiores a me aceitarem como seu parceiro.
- Sim. Mas mesmo assim, eles nos mandaram para esta missão como retaliação na esperança de que você morra.
- Eu não vou morrer, eu acho.
- Você não vai morrer. Pela quantidade de inimigos, somente eu ou o Marco seriamos capazes de matar todos, não sei para que tanta gente.
- Para que a missão fracasse e eu e os outros cleaners morram, fazendo a culpa cair sobre você que escolheu um parceiro fraco demais e ainda estava com um bebê.
- É, deve ser exatamente isso. Bem, vamos subir logo que eu estou morrendo de sono e quero dormir.
Eles seguem e pegam o elevador até o 5ª andar. Ao sair, seguem até o quarto 507 e entram. O quarto era extremamente grande, era limpo e bem arrumado, com todos os móveis brilhando ainda. Mas só havia uma cama no quarto.
- Durma com Thurar na cama, pode deixar que eu me acomodo em algum canto aqui.
- Nada disso, você vai dormir comigo na cama.
- Como assim dormir com você?!?
- Não pense besteira seu pervertido. Você precisa estar mais descansado do que eu. A cama é grande, cada um dorme de um lado e colocamos o Thurar no meio.
Socel não gosta muito da idéia, mas acaba concordando com a cabeça. Eles então se deitam como Setsuna havia dito. Ela fica virada para o meio da cama, de frente para ele e para o bebê, mas ele se vira de costas para os 2. Não confiava que ele fosse se controlar se estivesse de frente. Mas o cansaço era tanto que eles logo adormecem.
Eles foram acordados na manha seguinte por batidas fortes na porta. Era Carmen que tinha ido acordá-los. Socel se levanta e abre a porta.
- Bom dia, trouxe o café da manha para vocês.
Ela empurrava um carrinho cheio de comida. Pães, queijos, frutas, sucos, café, leite, geléias. Carmen havia levado também uma mamadeira para alimentar Thurar. Eles se sentam na cama e começam a comer, enquanto ela alimenta o bebê.
- Ele é uma gracinha. Mas eu achei que só pudéssemos ter filhos depois de nos aposentarmos.
- Você está certa. Ele não é meu filho, é filho de Socel. E ele já havia nascido quando ele se tornou um cleaner.
- Nossa, então você é um novato ainda.
- Não gosto que me chamem assim, sou mais forte do que muitos de vocês.
- Ela não está querendo saber o quão forte você é. Ela só está falando que você é novo na organização.
- Exatamente.
- Mas mesmo assim, poderia muito bem ser um general também, pela experiência que eu tenho em batalhas.
- Você é algum tipo de guerreiro da sua cidade?
- Bem, na verdade eu era...
- Calado!
- Qual o problema, na hora da batalha ela irá descobrir mesmo. Eu sou um lobisomem. Minha família era a responsável por comandar o clã. E eu, o responsável pela guarda da vila.
- Nossa. Bem interessante isso. Acho que vamos ganhar mais facilmente agora então.
- Assim espero.
Eles terminaram de comer e desceram.
- Você sabe onde Marco está?
- Sim, Gennevieve me disse onde ele está hospedado. Quer que a leve até lá?
- Não precisa. Eles iam sair cedo?
- Pelo visto não. O General Marco pediu para ser acordado somente pouco antes da batalha.
- Típico daquele canalha. Bem, eu vou fazer do meu jeito. Não vou esperar ele acordar para me atrapalhar.
- O que você pretende fazer?
- Vamos em direção ao exército orc e acabar com eles antes que eles possam chegar muito perto.
- Você enlouqueceu? Ainda está de dia.
- Nós 3 somos o suficiente para acabar com todos eles. E eu não me importo com isso, não ligo para estratégias para pegar o inimigo no escuro.
- Mas como eu fico? Só posso me transformar a noite.
- Terá de lutar como nós, com suas armas. Porque você acha que as compramos?
- Eu voto por ficar.
- Deixe de ser medroso. E eu sua superior, e também a sua parceira. Você deve me obedecer em qualquer circunstancias. E agora a minha ordem é irmos até lá matar todos. Andem logo.
E ela sai andando
- Acho que você perdeu dessa vez Socel.
Ele sai resmungando, mas segue o caminho. Eles seguem a pé cidade afora, e pegam o caminho por onde os orcs estavam indo. Andaram por cerca de 3 horas até que eles avistaram os inimigos. Estavam todos acampados almoçando, provavelmente esperando anoitecer.
- Viu, mesmo de dia podemos pegar eles de surpresa.
Ela pega a trouxa em que Thurar estava e o enrola todo nela. Pega a trouxa e a amarra nas costas bem forte para que ele não caia.
- Eu vou pela frente, vocês dois vão cada um por um lado. Mas só ataquem depois que eu der o sinal.
- Que sinal?
- Vocês saberão. E tomem cuidado, não fiquem tão próximos de mim ou eu posso acabar acertando vocês. Agora vão para suas posições.
Eles seguem para as laterais da clareira e se posicionam esperando o sinal.

sábado, 20 de março de 2010

Missão Inesperada

Ainda era bem cedo quando Setsuna chegou ao hospital para buscar Socel. Ela havia levado roupas novas para ele.
- Tome, vista isso. Roupas de cleaner.
Ele as pegou e as ficou fitando por alguns segundos. Era toda preta, tanto a calça quanto a camisa, bem apertadas, cheia de apetrechos, cintos e fivelas, bolsos para armas de todos os tipos.
- Eu não vou usar isso.
- Ah vai sim, esqueceu que agora quem manda em você sou eu???
Ele a olhou com ódio e foi se trocar.
- Ficou ótima.
- Eu estou me sentindo desconfortável.
- Acostume-se, será sua única vestimenta a partir de agora. Vamos.
Eles seguem para fora do quarto. Por onde eles passavam, todos olhavam. Dois cleaners andando juntos, e ainda por cima com um bebê.
- Essas pessoas me dão nos nervos. Porque elas tem que ficar nos encarando tanto???
- Apesar de estarmos em Preturia, o povo daqui não gosta de nós. E olha que nós é que garantimos a segurança deles. Hipócritas.
Eles seguem e saem do hospital. Era a primeira vez que Socel via a cidade de Preturia. Parecia como qualquer outra grande cidade humana, com prédios altos e ruas asfaltadas, carros e pessoas passando apressadas.
- Como você só pode se transformar a noite, precisa de armas. Vou te levar na melhor loja da cidade.
Eles andam por cerca de 25 minutos, até a parte menos civilizada da cidade. Lá só havia prédios antigos e caindo aos pedaços, e foi justamente num que eles entraram. Desceram até o subsolo. No final da escada havia uma porta com uma placa, “Dr. Blargh, consultor de segurança”.
- Tem certeza de que é aqui???
- É claro que tenho. Esse nome é só fachada.
Eles entram. Para todos os lados que se olhava, a única coisa que se via eram armas, de todos os tipos, tamanhos e formas. De repente de trás do balcão saiu um ser baixinho e verde, de orelhas pontudas e bem narigudo, um goblin.
- Sejam bem vindos. Faz tempo que a senhorita não vem aqui.
- Sim, andei bem ocupada ultimamente. E ainda ando. Preciso de armas para o meu amigo aqui, o que você recomenda???
- Hum, um novo cleaner. Você não está velho demais para isso??? Tanto faz. Deixa-me ver.
Ele tira uma fita métrica do bolso e começa a medir todo o corpo de Socel. Até que ele guarda a fita e vai andando para além do balcão. Minutos depois ele retorna carregado. Trazia um machado que era maior do que ele, uma espada curta, 4 adagas e vários saquinhos.
- Aqui estão, são perfeitas para você. E ainda melhor, todas são de prata. Prata é bem útil para matar vários tipos de criaturas. Mas acho que você já deve ter aprendido isso. E nestes saquinhos estão 2 tipos de ervas. Uma venenosa para você passar nas lâminas, e a outra é para combater qualquer tipo de veneno, inclusive o seu, caso ocorra algum acidente, você sabe.
- Está ótimo, pegue tudo e vamos logo.
- Mas e o meu pagamento???
- Pegue com o diretor geral dos cleaners na sede do governo. Não tenho mais tempo a perder. Vamos.
Socel pega tudo e eles vão embora, enquanto o goblin os xingava.
- Achei que nenhum ser não-humano pudesse entrar na cidade.
- Sim, mas isso é só para afastar os inimigos. Seres como ele nos são bem úteis.
Ao saírem do prédio, eles são surpreendidos por um cleaner, que os esperava na rua.
- O que você quer???
- Quanta raiva, tenha mais respeito por seu superior.
- Nunca que eu irei lhe respeitar. Eu estou com pressa, então se não tem nada de importante para dizer, vamos embora.
- Tenha mais paciência. Eu vim lhe trazer isto.
Ele entrega um pergaminho enrolado. Ela o desenrola e lê.
“Setsuna Sakurazaki, deve partir imediatamente para a cidade de Galive. Um exército de Orcs está a caminho da cidade. Sua missão é exterminar todos e impedir que eles tomem a cidade.”
- Como assim??? Isso só pode ser brincadeira.
- Não é não, e tem um pro seu amigo também.
Ele entrega um outro pergaminho para Socel. Era a mesma ordem que foi dada a Setsuna.
- O que faremos agora???
- Não vamos aceitar as ordens. Eles sabem que estávamos de saída da cidade. Devem ter feito de propósito. Aquele maldito!!!
- Hahaha. Anda muito nervosa ultimamente Setsuna. Você sabe bem o que acontece com quem não cumpre as ordens. E além do que, eu estou aqui para garantir que você vá nessa missão. Recebi a mesma ordem que vocês.
- Acho que tiraram o dia para me gozarem. Eu numa missão com você??? Hahaha. Só rindo para não chorar.
- Acho que você não tem escapatória dessa vez. Vamos logo, a missão é de extrema urgência.
Mesmo com muita raiva, Setsuna concorda em irem. E eles partem para a saída da cidade.
- Ah, esqueci de perguntar seu nome.
- Eu me chamo Socel.
- Nome interessante. Eu me chamo Marco, 1° general do exército cleaner. Mas pode me chamar de Reaper. Espero que possamos nos dar bem.
Ele dá um sorriso e estende a mão, Socel a aperta e eles seguem andando. Próximo ao portão, havia um estábulo.
- Vamos a cavalo, fiquem aqui. Eu vou buscá-los.
E Marco vai em direção ao estábulo. Setsuna espera ele estar longe o suficiente para não houvi-la.
- Não confie nele. Em hipótese alguma, está entendendo?!? Ele é o pior tipo de ser que pode existir, pior do que qualquer orc.
- Eu bem que não fui com a cara dele mesmo. E não se preocupe, eu não costumo confiar nas pessoas logo assim de cara.
- Quem bom. Se bem que comigo foi diferente.
- Claro que foi diferente. Ou eu confiava em você ou eu morria.
- Hahaha, é mesmo. Mas que bom que no final das contas você preferiu confiar em mim.
Ela lhe dá um sorriso e ele retribui. Nesse instante, Marco retorna com os cavalos.
- Aqui estão. Como você pretende cavalgar com este bebê nas mãos???
- Isso é problema meu.
Ela monta em seu cavalo. Com uma das mãos ela segurou as rédeas enquanto a outra segurava o bebê.
- Viu, simples assim.
Ela sai cavalgando lentamente em direção ao portão da cidade.
- Mulheres...
E Marco também monta em seu cavalo e vai cavalgando lentamente em direção a Setsuna.
- Acho que vai ser uma missão bem interessante.
Socel monta em seu cavalo e vai em direção aos outros. Sua primeira missão como cleaner, e logo algo desse porte para eles mandarem até mesmo o seu homem mais forte. Ele estava animado. Os 3 se juntaram no portão e partiram galopando velozmente em direção a cidade de Galive.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fazendo Uma Escolha

Fazia um belo dia de sol do lado de fora do hospital. Setsuna parecia estar bem feliz com tudo aquilo, ela sentia que tudo aquilo iria lhe render ótimos momentos. Ela seguiu andando pela cidade em direção a sede do governo Preturiano. Por onde ela passava todos se viravam para olhá-la, além de sua beleza, as pessoas estranhavam uma cleaner andando com um bebê a tira colo. Era previsto por lei que elas não deveriam ter filhos a menos que estivessem aposentadas. Ela ignora todos olhares e comentários e segue até a sede do governo. Ela entra e vai direto ao setor dos cleaners.
- O que deseja???
- Quero falar com o diretor.
- Ele não está. Será que eu posso resolver o seu problema???
- Ande logo e vá chamá-lo.
- Eu já lhe disse que ele não está.
- É claro que ele está. Eu posso sentir o cheiro dele daqui. Ande logo antes que eu use a força. Diga que a Setsuna quer vê-lo.
- Ok. Mas se ele reclamar vou falar que você me ameaçou de morte.
O secretário vai até uma sala lateral e entra. Após alguns minutos ele retorna.
- Ele o está esperando.
Setsuna vai até a porta e entra na sala. Era uma sala pequena e rústica, e tinha um ligeiro cheiro de molho inglês.
- Sente-se logo, estou muito ocupado e tenho várias coisas para fazer ainda.
Ela se senta na cadeira em frente a mesa dele, a qual ele havia indicado.
- Eu não caio nas suas mentiras, sei muito bem que você nunca tem nada para fazer. Mas hoje meu assunto realmente é rápido. Eu vim fazer um pedido de parceiro.
O diretor se assusta com o pedido. Era muito raro uma cleaner ter parceiros. E ele finalmente olha para ela e repara no bebê que ela segurava.
- Você quer que um bebê seja seu parceiro???
- Não o bebê, mas o pai dele.
- E o que vocês irão fazer com o bebê???
- Ele virá conosco. Algum problema nisso???
- Não, nenhum. Só não acho conveniente levá-lo para uma batalha. Você não conseguiria brigar direito tendo que protegê-lo.
- Não se preocupe com isso, você sabe que eu sou bem habilidosa. E além do mais, o pai dele pode muito bem ficar encarregado com a segurança de seu filho.
- Ele então deve ser um ótimo guerreiro também.
- Na verdade ele é um lobisomem. Assim como este bebê também.
- O que?!?!?!? Como assim ele é um lobisomem?!?!?
- Exatamente isso que você ouviu.
- É totalmente inaceitável!!! Nunca que uma coisa dessas iria nos ajudar.
- Muito pelo contrário. Ele vai colaborar totalmente, e vai servir o governo assim como eu sirvo.
- Não. Eu não vou permitir isso.
- E desde quando você tem algum poder sobre mim??? Você ainda está me devendo por aquela missão em Kartagos, ou será que você se esqueceu??? Ou talvez eu possa levar parar os seus superiores os relatórios falsos que você faz para roubar dinheiro.
- Sua cretina. Muito bem, já vi que não tenho outra escolha. Preencha este formulário aqui. E assine aqui e aqui também.
Ele entrega-lhe os formulários. Ela os preenche todo e os devolve.
- Muito bem, agora de isso ao seu novo parceiro, é a identificação dele como membro do governo. E nunca deixe de levar o do bebê também.
Ele se levanta e pega dois distintivos e lhe dá.
- Você sabe que haverá muita gente que não vai gostar disso.
- Eu estou preparada para isso. Quero só ver alguém vir tirar satisfação comigo.
Ela se levanta e sai. Estava radiante, tudo estava correndo perfeitamente bem. Ela então sai da sede do governo e segue até um telefone próximo.
- Alô.
- Alô, aqui é a Setsuna.
- Setchan!!! Como você está???
- Eu estou ótima, preciso lhe pedir um favor.
- Qualquer coisa.
- Eu preciso que você hospede umas pessoas para mim. Eu lhe conto os detalhes quando chegar ai.
- Sem problemas. Quando você vem???
- Assim que possível. Ainda tenho que resolver algumas coisas aqui em Preturia.
- Tudo bem, ficarei esperando a sua chegada. Estou louca para te ver!!!
- Haha, se acalme, logo logo eu estarei chegando. Até mais então.
- Até, e boa viajem.
- Obrigado.
Ela desliga o telefone. Estava cada vez mais feliz. Ela agora segue de volta ao hospital.
Socel havia pego no sono, até que Setsuna entra berrando no quarto.
- Boas novas!!! A partir de hoje você é o meu parceiro e mais novo membro dos cleaners!!!
Ela então atira o distintivo de cleaner para ele.
- Como assim??? Que brincadeira é essa???
- Não é brincadeira. Ou isso ou você seria morto. Achei que você fosse preferir isso e já me adiantei.
- Mas...
Ele estava sem palavras. Como ela ousou tomar decisões por ele??? Quem ela pensa que é.
- Fique calmo, logo você vai se acostumar.
- Acostumar porra nenhuma!!! Eu não vou ser seu brinquedinho e nem servir a este governo hipócrita!!!
- Bem, a escolha é sua. Esteja a vontade para ficar aqui. Ah, acho que esqueci de lhe contar que desde quando eu te encontrei na floresta até quando você acordou, se passou 1 semana, e que nesse tempo eu te trouxe até Preturia.
O choque foi bem maior agora. Ele estava em Preturia. Sua chance de sair vivo dali sozinho era de -1000. Ela o tinha pego direitinho. Só lhe restava entrar no jogo dela.
- Muito bem. Vamos fazer como você quiser.
- Ótimo. Amanha nós partiremos, esteja preparado.
E ela sai tão rápido quanto entrou. Socel pega o distintivo. Ele odiava aquele símbolo. Preturia. Ele nunca havia pensado que algum dia estaria ali. Pior ainda, que algum dia trabalharia para eles. Ele começa a rir. A vida é mesmo cheia de surpresas.

domingo, 14 de março de 2010

Proposta

Socel estava estupefato, nunca havia visto mulher mais bonita do que aquela. Pele branca como a neve, longos cabelos negros presos em uma trança que se estendia até a sua cintura, e exóticos olhos roxos. Ele nem conseguia falar direito, havia momentos em que ele nem piscava. Até que ela falou e ele recobrou a consciência.
- Como se chama???
- Ah, Socel.
- Me conte o que aconteceu com você. Porque estava caído na floresta com este bebê??? Suponho que ele seja seu filho.
- Sim, ele é meu filho. E sobre o que aconteceu, bem, é que, minha vila foi atacada, por, trolls, e nós, bem, conseguimos fugir.
- Eu quero ouvir a verdade.
- Como assim??? Está duvidando de minha palavra???
- Estou. Eu sei o que você é.
- Como assim???
- Eu encontrei com alguns amigos seus na floresta.
- Amigos meus???
- Sim, lobisomens. Estavam seguindo o seu rastro.
- Eles devem ter pego o nosso rastro após entrarmos na floresta.
- Não foi isso o que eles me disseram.
- E o que foi então???
- Eles falaram que estavam atrás de um traidor que deu um golpe e fugiu com o filho do líder do clã.
- Mentira.
- Eu os torturei até a morte, não pode ser mentira.
- Nós lobos nunca diremos uma verdade que nos comprometa, mesmo sendo torturados até a morte.
- Vejo que admitiu que é um lobisomem. O que mais de verdade pode me contar???
- Já que você insiste tanto em ouvir a verdade, lhe contarei tudo.
Ele lhe conta tudo, desde sua disputa com o irmão, os planos do golpe, o golpe em si e como eles fugiram.
- Muito bem, doeu contar a verdade???
- Não enche.
- Hahaha, você é um pouco engraçado.
- Mas falando em contar a verdade, acho que agora é a sua vez.
- Eu não tenho nada para contar.
- Creio que tem sim, como por exemplo porque uma cleaner ajudaria um lobo ferido???
- Como sabe que eu sou uma cleaner???
- Suas roupas são padronizadas, e todas seguem o mesmo estilo.
- Parece que você sabe bastante sobre nós.
- Sim, já matei muitas de vocês. No inicio eu torturei algumas até descobrir tudo que podia sobre as cleaners. Espero que você não fique chateada por isso.
- De jeito maneiro, somos treinadas para não nos importarmos umas com as outras.
- Mas não foram bem treinadas o suficiente para não se importarem com um lobo ferido e seu filho.
- Eu sei que agi contra a minha conduta, mas alguma coisa me fez querer ajudar vocês.
- Então que tal nos ajudar mais um pouco??? Nos tire daqui e nos leve para longe. Ninguém do meu clã pode saber que estamos vivos, se não eles virão atrás de nós para nos matar.
- Muito bem, eu posso lhe ajudar nisso.
- Então vamos.
Socel tenta se levantar, mas sente uma dor extremamente forte que o faz deitar imediatamente.
- Calminha ai, você ainda não está curado do veneno. Precisa ficar aqui mais 3 dias pelo menos. Depois disso eu te levo para longe daqui. Vou pesquisar alguma vila pequena bem isolada e comprar uma casa para vocês morarem quando chegarmos lá.
- Agradeço muito pela sua ajuda.
- Um lobo agradecendo a uma cleaner. Se eu contar isso ninguém vai acreditar. Hahahaha.
- Hahaha, concordo. Acho melhor não contar para ninguém o que nós somos.
- Estou da acordo, ficarei calada. Eu vou indo, tenho que achar uma vila legal pra vocês. Eu posso levar o bebê???
- Para que???
- Eu gosto de crianças. Prometo que cuidarem bem dele, e pode ficar tranqüilo que eu também não fugirei com ele.
- Tudo bem, leve-o.
- Obrigado. Mas você não me disse o nome dele ainda.
- Thurar, Thurar Werewolf.
Ela vai andando em direção a porta com o bebê em seus braços. Antes de sair, ela para, olha pra trás e sorri para Socel. Ele retribui o sorriso e ela sai do quarto. Socel fica pensando no que aquilo ali acabaria dando. Ele podia confiar mesmo nela??? Uma mulher tão bonita não era sinal de boa coisa. Mas talvez ele estivesse errado. Algo nela o tranqüilizava. Agora, era só questão de se preparar e esperar.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Recomeço

Socel correu por toda a vila até chegar em sua casa. Sabia que era questão de tempo até farejarem seu rastro e o seguirem. Recolheu todos os itens de valor que possuía e colocou em uma mala. Enquanto procurava por mais coisas que ele poderia levar em sua viagem, ele achou um pedaço de papel. Era uma carta de Audi. Ele guardou aquela carta por tanto tempo, mas agora não importava mais, pois ela estava morta. Ele abriu e leu a carta uma última vez.

- Querido Socel, como está indo a sua viajem??? Estou morrendo de saudades, não vejo a hora de você voltar. As coisas aqui sem você são tão monótonas. Seu irmão tenta me animar, mas só você consegue me fazer sorrir. Quando voltar, eu tenho uma surpresa pra você (risinhos). Te amo, meu melhor namorado. Beijos de sua amada, Audi.

Lágrimas mancharam a tinta no papel. Porque ele estava chorando?!? Aquilo era passado, ainda mais agora que ele a matara. Mas aqueles foram tempos tão bons, foi a única época em que ele fora feliz de verdade. Ao lado da pessoa que ele mais amava. Pessoa essa que agora lhe dera um filho. E ele teria de criá-lo. Ele se aproxima do bebê que ainda dormia e o acaricia, sua mão peluda era tão grande e aquele ser a sua frente tão frágil. Ele o pega sem mais rodeios e vai embora.

Ele corre sem parar para olhar para trás em direção a floresta. Logo amanheceria e ele voltaria a forma humana, era bem mais rápido e seguro correr enquanto ainda era um lobo. Ele se embrenha na mata fechada, torcendo para não encontrar nenhuma criatura no caminho. Após decorrido aproximadamente 1 hora ele se depara com algo que ele não queria encontrar, uma tarântula gigante estava parada bem no meio do caminho impedindo a sua passagem. Ela não era das maiores, mas seu tamanho dava uns 3 dele. Não havia tempo para voltar, ela já havia sentido a sua presença e avançava velozmente. Ele só teve tempo de tacar a mala longe e se virar de costas para proteger a trouxa em que estava seu filho. Nesse momento a tarântula cravou suas presas na altura de seus ombros, o que lhe causou uma forte dor que o fez soltar a trouxa. Ela caiu, mas mesmo assim, Thurar não acordou. Pensando que o próximo ataque poderia ser ao bebê, Socel agarra as presas cravadas em seu ombro e as puxa com toda a força, arrancando-as fora. A tarântula imediatamente recuou, foi a chance perfeita. Socel pulou em suas costas e passou os braços em volta da cabeça da tarântula, parecia que ele a estava estrangulando. Após fazer muita força enquanto a tarântula se debatia, ele consegue o que queria, arranca a cabeça da criatura fora. Ela cai e ele desce de suas costas. Ainda meio tonto pelo veneno ele pega a trouxa do bebê e sua mala e continua correndo floresta a dentro.

Amanhece, e então Socel volta a forma humana. Ele continua correndo, mas quanto mais corria, mais fraco ele ficava por conta do veneno da tarântula. Até que ele não agüenta mais e desmaia. Nesse momento, Thurar acorda e começa a chorar. Uma mulher que passava pela floresta ouve um choro de bebê e decide ir verificar o que é. Ao chegar, ela vê Socel caído e Thurar ao seu lado chorando. Ela era bem forte e coloca Socel em suas costas, pega a trouxa com o bebê e a mala e vai andando pela floresta.

Socel acorda assustado. Ele olha em volta mas não reconhece o lugar. Estava em um quarto todo branco, deitado em uma cama. Ao olhar em volta ele vê uma mulher segurando um bebê.
- Finalmente acordou. Como está se sentindo???
- Eu acho que estou bem, mas onde estou??? E quem é você???
- Você está num hospital, e fui eu quem te encontrou caído no meio da floresta e te trouxe para cá. Eu me chamo Setsuna.

domingo, 7 de março de 2010

Fugindo Pelo Ladrão

Haviam cerca de 9 lobos ainda vivos, todos com as lanças de prata em mãos, além de Anatus que também era ótimo em brigas. Socel não sabia o que fazer.
- Desista Socel, você não tem escapatória. Acha mesmo que vai conseguir sair daqui vivo??? Nem por um milagre.
Ao final dessas palavras, os 2 lobos que haviam saído do quarto atrás de Socel chegam ao local.
- Viu Socel, sua sorte está diminuindo, agora somos 12 e você é apenas 1, e ainda segurando esta trouxa amarrotada.
- Saiba que esta trouxa amarrotada é a criança Werewolf, ela vai garantir o meu futuro. E eu não diria que a minha sorte está diminuindo.
Houve-se o som de objetos cortando o ar, e repentinamente os 2 lobos que haviam chegado por último no recinto caem mortos com lanças atravessadas em seus corações. Rivo, Audi e Gejor chegam para se reunir ao grupo.
- Devolva meu filho seu cretino!!!
- Minha queria, já lhe disse que isso é assunto para mais tarde, agora temos preocupações maiores, que tal 10 inimigos para matar???
- Para mim a única pessoa que eu preciso matar é você!!!
- Se você insiste nisso esteja a vontade, só não posso garantir que eles não tentarão te matar.
- Audi, preocupe-se com os inimigos, deixe que eu mesmo cuido do meu irmão.
- Mas...tudo bem.
- A reunião familiar está muito boa, mas eu tenho coisas mais importantes para fazer. Matem todos logo.
Ao ouvirem as ordens, todos os lobos preparam-se para atacar. Gejor corre em direção a Socel, que fica parado esperando a aproximação do irmão.
- Nós iremos distrair todos eles, quando houver uma brecha, você foge.
- Exatamente como eu esperei que fosse fazer, irmão.
- Cuide bem de meu filho como se fosse o seu.
- A partir de hoje ele será.
Gejor se vira e vai em direção aos lobos, deixando Socel para trás.
- O que pensa que está fazendo Gejor?!?!?
- Salvando a vida de nosso filho, e a sua também. Fuja assim que puder!!!
Ele pula o mais alto que pode por cima dos lobos para o outro lado do saguão. Ele é rápido e antes que algum lobo se vire, ele segura a cabeça de 2 deles e bate uma contra a outra, fazendo-os cair. Todos se viram para ele. Aproveitando a oportunidade os outro agem. Rivo também ataca e atravessa a mão pela barriga de um dos lobos, Audi faz a mesma coisa, mas atravessa o peito do inimigo, enquanto Socel sai em disparada para as escadas.
- Você não vai fugir Socel, nem que eu mesmo tenha que te matar!!!
E Anatus sai correndo atrás de Socel. Audi vendo os 2 correrem, também vai atrás deles.
- Espere, aonde você vai Audi???
Mas não houve tempo para Rivo segui-la, uma lança é fincada em sua perna esquerda. Ele arranca a lança da perna e puxa o inimigo que ainda a segurava em sua direção, e crava a mão em seu peito.
- Ela sabe se cuidar, Rivo. Vamos primeiro acabar com estes aqui e depois iremos atrás dela.
E Gejor torce o pescoço de mais um dos lobos. Mas outros 2 o atacam pelas costas e o acertam com suas lanças e ele cai. Mesmo caído, ele pega uma lança que jazia no chão ao seu lado e crava no coração de um dos lobos, enquanto o outro cravava no dele. Era a morte do líder do clã.
- Não!!!!
Rivo tenta correr em sua direção, mas estava muito ferido. Ele agora estava sozinho, e todos os lobos arremessaram suas lanças em sua direção. Todas atravessaram ele em diferentes pontos, e ele cai morto no chão.

Socel continuava correndo, mas por mais que ele corresse, não achava a saída. Até que então, ele dá de frente com um caminho sem saída. Ao se virar para voltar, Anatus o alcança.
- Vejo que não tem mais para onde fugir. Este é o fim da linha!!!
- Não vejo problema algum. Agora somos só eu e você.
- Se está tão confiante, venha me matar.
Socel coloca a trouxa no chão e parte para o ataque. Anatus tenta se defender com a lança, mas Socel desvia e o acerta com um soco na barriga seguido de um na fuça que o arremessa ao chão. Ele bate em alguma coisa além do chão, e ao perceber o que era, já era tarde demais. Audi o segura pela boca e a arreganha até arrancar o seu maxilar.
- O próximo é você, Socel!!!
Ela parte para cima, mas Socel é mais esperto e corre em direção a trouxa que ele havia posto no chão.
- Se você quer seu filho, tome.
Ele a pega e arremessa na direção de Audi. Ela para abruptamente e segura a trouxa com as 2 mãos. Nessa hora, Socel ataca. Ela não pode se defender, e ele atravessa a mão em seu peito, até atingir o seu coração.
- Não se preocupe, eu não o matarei. Nunca mataria meu próprio filho.
- Como você sabia??? Eu nunca contei para ninguém.
- Eu reconheceria o meu filho em qualquer circunstância.
- Aquilo foi um erro, nunca deveria ter acontecido.
- Mas aconteceu, e este bebê é a prova disso.
- Cuide dele por mim.
- Eu cuidarei.
E com lágrimas nos olhos, ele arranca o coração de Audi. Ele pega a trouxa que era seu filho das mãos de sua amada que agora jazia morta no chão e parte em retirada até achar a saída.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Mais Esperto Ganha???

Quanto mais tempo se passava, mais silenciosa a mansão dos Werewolf’s ficava. E os 2 irmãos não paravam de se encarar amedrontadoramente enquanto discutiam.

- Está ouvindo esse som Gejor??? Nem eu. Isso quer dizer que os seus aliados estão mortos, se ainda restar algum, são muito poucos. Logo meus reforços estarão aqui e todos vocês morrerão.
- Eu não irei deixar que isso aconteça, nem que eu mesmo tenha que matar todos que entrarem em meu caminho. Farei qualquer coisa para proteger a minha família, mesmo que para isso eu tenha que morrer.
- Muito previsível de sua parte, morrer pela sua família. Você é mesmo um tolo, sempre foi e sempre será. Nunca deveria ter assumido o clã, não tem capacidade para isso, é fraco demais, e hoje eu vou lhe provar isso.
- Farei você engolir as suas palavras Socel, vou provar pra você quem é o melhor, quem sempre foi.
- Nem daqui a 1 milhão de anos você conseguiria me derrotar, sempre fui mais forte do que você.
- Mas eu sempre fui mais habilidoso, sua força não conta contra mim. E eu já estou cansado de ficar ouvindo esse seu papo furado, vou acabar com você agora.
Ele anda até a janela e a abre, deixando todo o luar entrar e iluminar o quarto inteiro. Ele se transforma. Todos no quarto fazem o mesmo já esperando o inicio da briga, inclusive sua mulher que se levanta da cama.
- O que você pensa que está fazendo???
- Eu também irei lutar.
- Você enlouqueceu??? Ainda não tem forças para isso. Você quer morrer???
- Não importa. Eu protegerei meu filho com unhas e dentes.
- Qual o problema Gejor??? Tem medo de que ela mostre que é mais forte do que você e que acabe salvando a sua vida e morra em seu lugar??? Hahahahaha.
- Cale a boca seu cretino!!! Você não sabe o que é ter uma família. Muito bem, se você quer brigar esteja a vontade, entendo os seus sentimentos porque são os mesmos que os meus, proteger nosso filho. Rivo, ajude Audi. Não saia do lado dela nenhum segundo.
- Nem precisava pedir.
- Não preciso disso, sei me virar sozinha.
- Eu sei que você sabe, mas ajuda nunca é demais. Faça o que eu lhe pedi Rivo.
- Sim. Audi, não se preocupe, sabemos o quanto é forte, mas mesmo assim, irei te ajudar.
- Tudo bem, farei como vocês quiserem.
- Quanta baboseira. Já acabaram a reunião familiar??? Porque eu não irei mais esperar. Anatus, eu cuido do meu irmão, você acaba com aqueles 2.
- Porque eu tenho que brigar com os mais fortes aqui?!?!?
- Porque você é o mais forte aqui, você sabe disso. Não em termos de força, mas em habilidades. Ande logo e faça o que eu disse.
- Hunf, idiota. Cansei dessa baboseira toda também. Eu vou embora daqui.
E sai em disparada porta afora.
- Hahaha. Vejo que você agora está sozinho Socel, nem mesmo seus aliados gostam de você.
- Aquele cretino, ele me paga!!! Não pense que isto acabou Gejor, eu ainda matarei você hoje. Mas não agora.
E ele avança em direção a porta também. Mas antes que ele pudesse alcançá-la, Rivo toma a sua frente e desfere um gancho em seu maxilar, que o faz voar e bater na parede do outro lado do quarto.
- Você não vai sair daqui, esse quarto será o seu túmulo.
- Isso mesmo Socel, você vai morrer aqui agora, pelas mãos do seu irmão tolo. Hahahaha.
- Vocês acham que me matar vai salvar vocês??? A casa já está tomada, é questão de minutos até chegarem aqui.
- Não importa, nossa felicidade será matar você antes disso.
Mas antes que pudessem atacar, a porta é posta abaixo e por ela entram 6 lobos com lanças nas mãos.
- Finalmente vocês chegaram. Acabem logo com esses vermes.
- Mas que surpresa, Anatus disse que provavelmente você já estaria morto Socel.
- Aquele cretino!!! Pelo menos ele mandou vocês para me ajudarem. Andem logo e matem todos!!!
- Te ajudar??? Hahahaha. Nós nunca te ajudaríamos, não cumprimos ordens suas, mas sim as de Anatus.
- De Anatus?!?!? Mas como, ele me traiu!!!
- Sim, você também irá morrer. Vamos matar todos eles logo.
E então os 6 avançam com as lanças em punho. Socel corre em direção ao bebê que apesar de todos os barulhos, dorme calmamente em cima da cama.
- O que pensa que está fazendo com meu filho seu maldito?!?!?
- Se preocupe mais com a sua vida minha querida Audi, que eu me preocupo com o nosso futuro.
Ele enrola o bebê na colcha e o pega com um dos braços. Antes que Audi pudesse ir em sua direção, ela é acertada por uma das lanças em sua barriga. Ao ver sua irmã ser atingida, Rivo vai em direção ao atacante, e atravessa-lhe a mão no peito até atingir o coração e arrancá-lo.
- Audi, você está bem???
- Cuidado!!!
Uma lança transpassa as costas de Rivo, ele a quebra ao meio e pega a ponta dela. Sem reação ao ocorrido, o lobo fica parado tempo suficiente para que ele crave a ponta de lança em sua cabeça. Socel vendo uma brecha dispara em direção a porta com o bebê em seus braços, ignorando os inimigos no recinto.
- Você não vai fugir, Anatus nos proibiu de deixar você sair vivo daqui.
O lobo arremessa a lança na direção de Socel, mas ele é mais hábil e se abaixa bem a tempo da lança passar a centímetros de sua cabeça. Ele se recompõe e continua correndo para a porta.
- Não deixem que Socel fuja!!!
Mas antes que ele mesmo pudesse ir atrás de Socel, uma lança arremessada por Audi atravessa sua nuca. Ao se virar para correr atrás de Socel, outro lobo é pego desprevenido por Gejor, que quebra seu pescoço. Os outros 2 lobos correm atrás de Socel que havia acabado de sair do quarto. Audi e Rivo, ignorando os ferimentos também correm para fora do quarto, seguidos por Gejor. Socel que saira primeiro estava quase chegando nas escadas, quando em seu caminho aparece Anatus junto com todos os lobos que haviam sobrado.
- Vejam só se não é meu ex-sócio Socel. Fugindo com o rabo entre as patas??? Hahahahaha. Você não passará daqui.

terça-feira, 2 de março de 2010

Traição

Havia pouco tempo desde que Nemagi e Elenir haviam saído do quarto e ido em direção aos andares inferiores. Quanto mais eles desciam, mais fortes ficavam os barulhos, parecia que estava havendo uma guerra.

- Desculpe a minha indelicadeza, esqueci de perguntar-lhe o nome.
- Não se desculpe, eu me chamo Elenir.
- A sim, já ouvi falar de você, o braço direito de Socel.
- Não gosto que as pessoas me conheçam somente por isso.
- Por mais o que você gostaria de ser reconhecido??? Nunca ouvi falar de nada que tenha feito além das tramóias junto de Socel.
Inesperadamente, Elenir para e desfere um soco nas costas de Nemagi que o faz cair no chão.
- O que você pensa que está fazendo???
- Você quer que eu te diga pelo que eu serei reconhecido??? Que tal por matar o grande Nemagi!!!
- Você enlouqueceu??? Estamos sendo atacados e você quer brigar comigo???
- Exatamente.
Ele caminha até uma janela, por onde entra a claridade da lua. Era lua cheia. E então com um uivo, ele se transforma. Seu grande porte fazia com que sua forma de lobo fosse extremamente grande.
- Está preparado para morrer hoje, grande guerreiro???
- Sempre estou.
E com um uivo, Nemagi também se transforma. Ele podia não ser tão grande quanto Elenir, mas sua forma de lobo era assustadora.
E então, tão rápido quanto num piscar de olhos, Elenir avança numa investida. Nemagi não esperava que um oponente daquele tamanho pudesse ser tão rápido, ele não teve tempo de se esquivar, foi acertado em cheio no peito e caiu, sentindo uma forte dor no peito. Enquanto caído, Nemagi ouviu passos se aproximarem, e ao se virar para olhar, ele se depara com mais 3 lobisomens a sua frente.
- Algum problema aqui Elenir???
- Nenhum, eu já estava cuidando deste aqui.
- Mas este é Nemagi. Vamos te ajudar.
- Não, ele é meu!!!
- Nossas ordens são de matar todos que estiverem nesta casa. E além do que, nós viemos preparados.
O lobo então lhe mostra uma lança de prata.
- Viu, vamos matar todos aqui rapidamente, inclusive você.
- Mas o...
Sua palavras nem saíram, ele fora apunhalado nas costas por outro dos lobos e caiu.
- Porque vocês fizeram isso???
- Nossas ordens são de matar todos nesta casa, todos, até mesmo você.
- Mas porque Socel faria isso comigo??? Eu sou seu servo mais fiel!!!
- Exatamente por isso, não recebemos ordens de Socel, somos fieis a Anatus, e ele nos ordenou matar você e Socel também.
- Anatus?!?!?! Mas porque???
- Não queremos Socel no poder. E porque eu estou lhe contando todas estas coisas, você vai morrer mesmo.
E com sua lança de prata, perfura o coração de Elenir, que cai morto no chão.
Nemagi se levanta lentamente ainda sentindo as dores da investida de Elenir, provavelmente com umas 2 costelas quebradas.
- Seus canalhas, como ousam matar um dos seus amigos???
- Amigo??? Não me faça rir, só seguimos ordens, estamos no meio de uma revolução, mataremos todos que forem preciso. Falando nisso, é a sua vez de morrer.
Os 3 lobos avançam com suas lanças em punho, Nemagi que já estava ferido não conseguiu desviar das 3, e uma delas perfurou seu braço esquerdo. Juntando todas as forças, ele deu um puxão na lança que o havia acertado, fazendo o seu dono ir em sua direção. Ele o agarrou pelo pescoço com uma das mãos e com a outra, atravessou-lhe o crânio. Faltavam 2, mas era tarde demais. Ao soltar o cadáver que jazia em sua mão, as outras 2 lanças o perfuraram no coração, e ele caiu morto.
- Pronto, vamos logo terminar a limpa neste lugar, não devem faltar muitos mais.
E os 2 partem em direção aos andares superiores.